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Do papel ao CNPJ: primeiros passos para sua ideia virar um negócio

25 de julho de 2022

Desejo de ter o próprio negócio, melhorar a renda da família ou se livrar do desemprego. Estes são alguns dos motivos que levam uma pessoa a empreender. No entanto, do papel ao CNPJ não basta apenas uma ideia na cabeça. É preciso muito, muito planejamento para garantir a viabilidade de um negócio. Porém, por empolgação ou falta de conhecimento, essa parte fundamental é deixada de lado. 

O plano de negócios faz parte da jornada empreendedora. Ou seja, é com ele que você vai obter respostas para perguntas como:  é mesmo uma boa ideia? Ou ainda: quais os riscos? Quanto preciso de capital? Sim, você pode ter uma ideia brilhante e inovadora que, na ponta do lápis, pode não ser viável financeiramente. 

Mas, afinal, o que é esse tal de plano de negócios?  Nada mais do que um descritivo dos objetivos do negócio, dos passos necessários para chegar a esses objetivos, levantamento dos riscos, entre outros.  Ou seja, colocar no papel o máximo de informações sobre o que pretende fazer. 

“É preciso desromantizar o empreendedorismo. Um bom negócio não se faz apenas com sonhos.” O plano de negócio, assim como a sua validação, é fundamental”, afirma a empreendedora Daniela Petroni. Antes de abrir a Puzzle Me, uma empresa de quebra-cabeças diferenciados, fez muita pesquisa, estudou cenários e concorrência.   

Do papel ao CNPJ, o planejamento é a palavra que vale ouro 

A falta de planejamento na abertura da empresa pode ocasionar grandes aborrecimentos e até mesmo que ela não sobreviva ao primeiro ano. Supondo que você queira abrir uma cafeteria, veja algumas das perguntas que precisam ser respondidas no seu plano. Vai servir apenas café? Será café comum ou diferenciado (gourmet). A localização é adequada? Meu público-alvo circula por aqui? Existem outros lugares que servem café por perto? O que eu preciso para me diferenciar e atrair clientes? Além disso, como vai ser e quanto vai custar o mobiliário? Vou precisar de funcionários. Quantos? Quais licenças são necessárias? Qual o nome? Tipo de empresa, regime tributário? Qual o capital necessário? 

Todavia, respondidas estas e demais perguntas e analisada a viabilidade, é hora de partir para a parte burocrática. Aliás, à exceção das MEI, para os demais tipos de empresa você vai precisar da ajuda de um contador profissional. O valor médio de abertura de empresa no Brasil é de R$ 1.500,00 e o prazo varia de 30 a 45 dias. Contudo, hoje em dia existem plataformas de serviços online com preços bem acessíveis. 

Os primeiros passos são: 

Definição do modelo de negócios e o nome da empresa

Definição da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) 

Escolha do tipo de empresa entre MEI, ME, EPP, médio ou grande porte 

Escolha do regime jurídico, EI, SLU ou LTDA 

Definição do regime tributário, escolhendo entre Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real 

Elaboração do Contrato Social, exceto se for MEI 

Registro na empresa na Junta Comercial

Obtenção dos alvarás de localização e de funcionamento, de acordo com a atividade econômica a ser exercida 

Inscrição Estadual

Sua jornada está apenas começando 

No entanto, agora que você já foi do papel ao CNPJ, começam novas etapas da sua jornada empreendedora. Técnicas de venda, gestão de pessoas, meios de pagamento, marketing, comunicação e muito mais. Aliás, um outro grande erro que pode levar uma empresa a fechar as portas é a má gestão financeira. Isto é, usar o dinheiro da empresa para despesas pessoais. 

Mas este é assunto para um próximo episódio! Afinal, você vai encontrar frequentemente no nosso blog informações e dicas para inovar e aprimorar seu negócio. 

Finalmente, #ficaadica:  aposte na força do coletivo. Faça parte do Conselho da Mulher Empreendedora e da Cultura – CMEC- da Associação Comercial de São Paulo. Juntas, somos mais fortes! 

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