#Cultura e Sustentabilidade

CMEC da Facesp adere à campanha “Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica”

21 de setembro de 2021

O Conselho da Mulher Empreendedora e da Cultura (CMEC) da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) aderiu, nesta terça-feira (21/9), à campanha “Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica”. O movimento foi criado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) com o objetivo de criar e fortalecer uma rede de denúncias contra a violência doméstica. O evento também marcou a adesão da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

O termo foi assinado pela presidente do CMEC, Ana Claudia Badra Cotait, pelo presidente da Assembleia, deputado Carlão Pignatari, e pela presidente da Apamagis (Associação Paulista de Magistrados), Vanessa Mateus, durante sessão solene realizada no Plenário Juscelino Kubitschek. Na ocasião, foi apresentada pesquisa inédita encomendada pela Apamagis sobre a percepção da violência contra a mulher no Estado de São Paulo.

O CMEC passa a divulgar a campanha em toda a rede de Associações Comerciais do Estado, que terá a missão de espalhar a ação por todo o comércio varejista. “É um prazer enorme estar fazendo parte dessa parceria. O CMEC está aqui representando as 420 associações comerciais do Estado. Vamos mobilizar todo o comércio no Estado de São Paulo para que a gente abrace essa campanha em todo o Estado e em todas associações”, disse Ana Claudia Badra Cotait. 

“Apoiamos todas as ações que busquem a redução de casos de violência contra a mulher. A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo tem um prazer enorme de firmar esse termo de adesão na defesa de uma causa tão importante para São Paulo e para o Brasil”, afirmou Pignatari.

O presidente do Parlamento enfatizou ainda a necessidade de debater sobre o assunto e de mostrar e divulgar dados à população paulista. “A pandemia aflorou e aumentou muito essa situação, é um absurdo. Temos que mostrar todo dia indignação [contra violência à mulher]. Nós, juntos, podemos mudar essa história”, disse. “A violência não é boa pra nada, nem pra ninguém. É inadmissível e imperdoável algo como isso. Vamos divulgar ao máximo por todos os nossos canais de informações”, disse.

Campanha

De acordo com a AMB, a motivação para propor uma nova estratégia para coibir a violência contra a mulher partiu de um levantamento realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que mostrou um aumento de 22% nos índices de feminicídio, comparado o início da pandemia com os meses de março e abril de 2019.

A campanha trabalha para articular poderes públicos e a sociedade civil na defesa da mulher e consiste em fortalecer redes de denúncias. O objetivo é possibilitar que mulheres vítimas de agressões consigam pedir ajuda de forma silenciosa, por meio de um “X” vermelho marcado na palma da mão. Dessa forma, funcionários dos estabelecimentos parceiros ou receptores da mensagem podem agir acionando a Polícia Militar por meio do telefone 190, sem a necessidade de se identificar e acompanhar a polícia, nem ser testemunha do ocorrido.

De acordo com as instituições jurídicas responsáveis, a campanha “Sinal Vermelho” já conta com o apoio de mais de dez mil farmácias, drogarias, bancos, shoppings e outros estabelecimentos. O evento contou com a participação de deputados e deputadas da Assembleia paulista, políticos e representantes de associações.

Pesquisa

Durante o encontro, a presidente da Apamagis, Vanessa Mateus, realizou o lançamento da pesquisa JUSBarômetro, encomendada pela associação, e que mostra as percepções da população feminina paulista sobre violência contra mulher. Vanessa Mateus agradeceu ao presidente da Alesp, Carlão Pignatari, pelo fato de a Assembleia sediar a apresentação da pesquisa e fez uma apresentação sobre os resultados.

“Nada mais adequado do que lançar uma pesquisa que ouve a população paulista do que na Casa do povo. Agradeço ao presidente do Parlamento, Carlão Pignatari por sediar esse evento”, disse. 

Além disso, ela destacou a importância que a adesão da Alesp e da Facesp vão ter na divulgação da informação e da campanha. “A adesão vai dar um passo gigante na ampliação dessa campanha, nos canais de denúncia no Estado. Vai fazer chegar a cada canto do Estado, será um passo importantíssimo”, disse.

A pesquisa foi realizada com cerca de mil mulheres em todo o Estado, de todas as faixas etárias e de renda, sendo realizada por pesquisadoras mulheres e com um método de perguntas em terceira pessoa, trazendo dados mais fiéis a realidade.

De acordo com a pesquisa, 88% da população feminina no Estado acredita que a violência doméstica está aumentando, e que mesmo com a pandemia e as dificuldades impostas pelo vírus da Covid-19, a violência contra a mulher é a maior preocupação feminina.

A pesquisa mostra ainda que 73% das mulheres não denuncia a violência doméstica por medo, seguida por vergonha ou para não se expor. 

Fonte: Facesp

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